terça-feira, 26 de março de 2013

Sua casa sua academia



Quem malha por conta própria às vezes fica órfã de uma atividade aeróbica, indispensável para acelerar a queima de gordura e turbinar o resultado do treino localizado. Mas nem todo mundo pode, quer ou conta com espaço para uma esteira ou ergométrica na sala ou no quarto. 

E quem disse que essas são as únicas opções? Escolhemos três equipamentos econômicos no tamanho (até o simulador de caminhada, que é o maior deles, é dobrável e fica fininho para você guardar em qualquer lugar), adaptáveis para a família inteira e com preço que compensa o investimento - afinal, você poupa a mensalidade da academia e o tempo que usaria para ir e voltar, certo? Damos o treino e tudo! Mas tem que levar a coisa a sério. "Malhar sozinha exige disciplina, mas, à medida que os resultados aparecem, fica fácil colocar o treino na rotina", fala o professor de educação física Márcio Galiazzi, do Rio de Janeiro. Está esperando o quê? Já para casa, menina!

Simulador de caminhada


O que é: tem mecanismo parecido com o do elíptico, mas os pedais fazem movimentos para a frente e para trás em vez de circulares. Os bastões para apoio das mãos ajudam a impulsionar o corpo. São vários modelos: com barra para encaixe de anilhas, assento, display que exibe velocidade, distância e gasto calórico e até uma plataforma giratória na parte da frente para trabalhar abdômen (o da foto tem o encaixe para anilhas e o display).

O que você treina: resistência cardiorrespiratória e força nas pernas e no bumbum. Dependendo de como se posiciona no aparelho, você estimula musculaturas diferentes. "Quando mexe as pernas para a frente e para trás, malha quadríceps e glúteos. Se fica de lado e abre e fecha as pernas, aciona as partes interna e externa da coxa", explica o professor Rogério Orban, da Bodytech, em São Paulo, que criou este treino.

Por que é legal: oferece menos impacto do que a esteira, por isso é ideal para quem está acima do peso, se recuperando de lesões ou tem restrição óssea ou articular.

Para aproveitar o máximo: apoie o pé inteiro na plataforma para poupar joelhos e panturrilhas. "Você até pode caminhar alguns minutos na ponta dos pés, para trabalhar a panturrilha, mas sem exagerar", avisa Rogério.

Gasto calórico: 270 em 30 minutos, aproximadamente.

Preço: entre 249 e 599 reais.

Para treinar em casa


Segunda: 10 min de aquecimento + 36 min (alternar 15 min moderado e 3 min leve) + 10 min de desaquecimento + 3 séries de 20 rotações de tronco na plataforma giratória (ou abdominais no solo, se o seu aparelho não tiver essa variação) 
Total: 56 min

Quarta: 10 min de aquecimento + 30 min com anilhas de 2 a 4 kg (alternar 4 min de movimento para frente e 1 min na lateral) + 10 min de desaquecimento + 3 séries de 20 rotações de tronco na plataforma giratória ou abdominais no solo 
Total: 50 min

Sexta: 10 min de aquecimento + 10 min com anilhas de 2 a 4 kg (alternar 2 min forte e 2 min leve) + 10 min de desaquecimento + 3 séries de 20 rotações de tronco na plataforma giratória ou abdominais no solo 
Total: 30 min

domingo, 3 de março de 2013

Dicas infáliveis para emagrecer


Emagrecer, como bem sabem os que vivem de dieta, não é tão difícil. O problema é não voltar a engordar. Não à toa, essa turma às voltas com a balança vive de... dieta! Mas será que é possível mesmo emagrecer para sempre?

É, sim, garante uma das maiores pesquisas sobre o assunto, apresentada no encontro da Associação Americana de Nutrição, Atividade Física e Metabolismo, em Colorado Springs, nos Estados Unidos. Veja quais são as recomendações dos experts e siga as dicas de Tânia Collino, nutricionista clínica funcional, de São Paulo, para botá-las em prática.



1. Adote uma dieta saudável
"Parece óbvio, mas, quando você corrige os hábitos alimentares, fornece também os nutrientes adequados para acelerar o metabolismo. Lembre-se: só uma pessoa bem nutrida consegue emagrecer e manter o peso." O cardápio ideal contém: alimentos energéticos (de cinco a nove porções de massas, pães e cereais -- de preferência integrais -- por dia); alimentos reguladores (de três a cinco frutas e quatro ou cinco porções de hortaliças); alimentos construtores (três porções de laticínios, uma ou duas de carne e ovos e uma de leguminosas).

2. Faça mudanças no seu estilo de vida
"Além de comer direito, a atividade física é essencial. De novo, começar é fácil. O difícil é não desistir. Não existe mágica, mas, se o exercício for prazeroso e se você adotar uma rotina que possa pôr em prática pra valer, vai gostar muito mais da novidade." Um exemplo: você começou a fazer vôlei, mas só consegue reunir a turma para jogar nos finais de semana. Em vez de desistir do esporte, já que não dá para praticá-lo com a frequência desejada, caminhe todos os dias e dedique-se às partidas aos sábados e/ou domingos.

3. Reduza a ingestão de calorias
"Calma, ninguém precisa viver de restrições alimentares severas. Basta cortar 100 calorias por dia, o que, cá entre nós, não é nenhum sacrifício." Quer ver? Duas fatias de abacaxi, com 80 gramas cada, alcançam esse valor, assim como 2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado. Então, fique com uma única fatia da fruta e bote só uma colher do queijo na macarronada. Pronto: lá se vão as tais 100 calorias. Em uma semana, a economia é de 700 e, em 5 meses, 15 mil. Isso significa 2 quilos a menos. Sem passar fome nem vontade. E, se você se mexer, melhor ainda. Dance ou faça alongamento durante cerca de 20 minutos e outras 100 vão embora.

4. Anote todos os dias o que você comeu e quais exercícios praticou
"Quem anota o que entrou no cardápio todo santo dia tem mais clareza dos deslizes. E não estou me referindo só à quantidade, mas também à qualidade do que foi para o prato." Ficar na saladinha, mas caprichar na maionese, é uma cilada da qual você só se dá conta depois que avalia o menu da semana inteira. Outra roubada é pular uma refeição achando que assim saiu ganhando. Só que, na seguinte, acaba passando dos limites. O diário alimentar ajuda a manter a autodisciplina. Mas não precisa sacar do bloco e da caneta.

Siga as dicas e tenha uma saúde em dia!

Fonte: Saúde Abril.

Sete Dores que merecem atenção


Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico. Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda.

Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli Ferreira, 45 anos, de São Paulo. "Tomei muito remédio durante três meses por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal. Tive de ser submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem", conta. Segundo o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São Paulo, "a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo".

A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. "Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual", aconselha o cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui, selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.


Dor de cabeça 


Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. "Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária", avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas à hipertensão.


Dor de garganta 


Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. "Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia", alerta o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, na Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.

Dor no peito 


"Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços", descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. "A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico", explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.


Dor nas pernas 


Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. "A causa pode ser outra", avisa a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno. "Em outros indivíduos a dor vem das pisadas", explica Lin. "É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados." Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. "Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos", diz a reumatologista Solange Mandeli da Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.

Dor abdominal 


Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. "Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado", diz o cirurgião Heinz Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. "Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença", calcula a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Dor nas costas 


A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. "É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo", diz o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. "No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva", ensina a fisiatra Lin Tchia Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.

Dor no corpo 


Se ele vive moído, atenção às suas emoções. A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés. "O que dá as caras no físico é o resultado da dor psicológica", diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde, em São Paulo. "Quem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional", opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.

Fonte: Saúde Abril.